Preciso dizer que me sinto bem melhor depois de escrever alguma coisa. Ouso dizer, ainda, que tenho 90% do que sinto e/ou penso, escrito.
O que é bem interessante: subentende-se que falo pouco e escrevo muito, com relação aos meus sentimentos. O que é perfeitamente compreensível, tratando-se de uma aspirante a escritora.
Sou adepta de quase todas as formas de escritas existentes. Uma em particular, da qual falo pouco, é a poesia. É preciso, caros leitores, acrescentar de que meu prazer e, por que não dizer, interesse pela leitura surgiu a partir das poesias.
Convenhamos: é muito mais interessante ler um texto tão melodioso e breve, do que ler um jornal - assim, tão sério e preto&branco como ele é. A poesia, a meu ver, é uma das formas textuais mais amigáveis que podemos encontrar.
No entanto, é deliciosamente difícil dar forma às palavras quando se faz poesia. Quase um sadomasoquismo, eu diria. Sofrimento do começo ao fim, mas o sentimento de satisfação é quase inexplicável.

Temos aí, a meu ver, a forma textual mais intensa e abstrata. A poesia, caros leitores, é feita para ser lida e sentida, e não necessariamente para ser compreendida. O único que poderia, de longe, explicar só um pouquinho desta, é o poeta. E mesmo este só tem plena capacidade de compreendê-la quando dentro de seu mundo particular, cheio de palavras, acentos, vírgulas e pontos finais. Não se trata, portanto, de compreender, mas sim, de admirar a beleza das palavras assim, tão bem colocadas umas com as outras.
Deixo-os, queridos leitores, com uma de minhas favoritas: Autopsicografia.