
Saudações, queridos leitores! Desliguem o 4G, porque é hoje que eu vou postar
todas as fotos que eu andei guardando nos últimos meses! Eu andei fazendo bastante coisa legal, e fui registrando várias delas ao longo desse tempo porque queria dividir isso com vocês aqui no blog - mas sempre ficava jogando pra frente, pra frente, até que resolvi tomar vergonha na minha cara e seguir com meus planos!
Inclusive, eu tinha me planejado pra que esse post saísse dia
30 de Agosto, mas olhem só: Setembro está entre nós e já estamos rumo à segunda semana desse mês terrível, e só agora consegui terminar esse post. Eu já disse,
Setembro é um carma na minha vida e nada do que eu planejo pro nono mês do ano dá certo, e já da última semana de Agosto os meus planos (e geralmente minha paz de espírito) tendem a ir por água à baixo.
Apesar disso, bastante coisa legal tem acontecido pra mim (tenho dito muito isso nesse ano, contraditoriamente), e é nisso que eu quero focar hoje ♥ Sigam-me os bons!
Primeiramente: virei a tia do artesanato
Pra começar, como eu já havia
mencionado aqui no blog, ainda em meados de Maio eu senti uma vontade louca de
fazer coisas - o que me levou a reaproveitar alguns materiais e afins que eu tinha aqui em casa e criar um verdadeiro estoque de cartões de felicitação. Sem brincadeira: eu tenho aproximadamente uns
50 cartões prontinhos, o que deve ser equivalente a um estoque de uns dois ou três anos de mensagens para as pessoas que me rodeiam.

Se eu for ser honesta, contudo,
eu sempre gostei desse tipo de coisa. Eu gostava especialmente de desenhar e fazer diários - um hábito que eu mantive desde os meus 9 até uns 14 ou 15 anos, se me lembro bem -, e eu adorava ter todo tipo de item de papelaria pra decorar minhas coisas. Quando criança, eu ganhava muita coisa do tipo de presente, e até hoje tenho uns papéis guardados que a cada 5 mil anos eu usava pra alguma coisa.
Com o tempo, no entanto, sem ter um espaço pra mim e com a facilidade do Photoshop, somado ao fato de que eu nunca tive paciência e delicadeza o suficiente pra fazer coisas à mão, fui deixando esse gosto de lado. E se teve uma coisa que a quarentena me proporcionou foi tempo o suficiente pra me dedicar a algo que parecia impossível na minha rotina corrida e atribulada.

Com a desculpa que eu precisava, eu logo comecei a me pegar desejando coisas que eu sempre quis ter, mas me contive de comprar porque sabia que não teria utilidade no meu dia-a-dia. Washi Tape, cortadores com formas fofas, papéis e canetas coloridos, todas as coisas que eu sempre fico namorando nas lojas e nunca levo comigo porque preciso ser adulta e estabelecer minha prioridades.
Bom,
a lista de prioridades certamente diminuiu nessa quarentena, e esse é provavelmente o motivo pelo qual acabei sem querer rompendo uma barragem e deixando uma correnteza de
pequenos consumismos se espalharem na minha rotina, HAHAHAHA!

Quando comecei, não parei mais. A cada coisa nova que eu inventava, me via desejando algo que em algum momento eu quis, mas me impedi de comprar. Com o tempo eu percebi que fazer meus artesanatinhos não só me livrava do tédio, mas me deixava satisfeita por me perceber
produzindo alguma coisa, usando meu tempo e energia de uma forma que me agradava. Minha rotina foi ficando mais organizada, meu humor foi ficando mais leve e de alguma forma, comecei a me sentir mais feliz também!

No fim, o que começou com a ideia de economizar nos presentes ou ocupar mais o tempo numa quarentena que a princípio não era assim tão longa, logo se transformou num
hobbie que me fazia bem, que sempre me deixou feliz e satisfeita ao perceber que eu tenho capacidade pra fazer coisas bonitas e criativas com papel e tesoura. Até mesmo as coisas que eu acumulava, como cadernetas velhas, papéis de presentes bonitos e adesivos saíram do fundo do armário pra virarem decorações úteis, presentes e uma série de coisas mais!

Desde então, eu tenho reaproveitado de tudo aqui em casa: embalagens, papéis velhos, sacolinhas de presente antigas, cadernos usados, papelão, tudo mesmo! Também tenho suprido minha família com tudo o que eles andam precisando - caderneta, porta canetas, caixinha pra guardar trecos, tudo o que eu pudesse ver como fazer na internet e que só precisasse de papel e paciência, tava na mão!

A princípio, meus artesanatos se resumiam a isso. Fui comprando todos esses materiais e reaproveitando tudo o que ocupava espaço aqui em casa, a princípio pra fazer os cartões com formas e estampas diferentes; vi vários modelos na internet e fui testando coisas que eu mesma inventava, misturando todos os materiais que eu tinha à mão - papel, fitas, imagens impressas, carimbos, cortadores, tudo! Mas depois de juntar essa coleção imensa de cartões eu comecei a me dar conta de que grande parte deles eu não vou entregar nem nesse ano, nem no próximo, e pensei:
preciso aprender coisas novas. Então fiz o que faço de melhor e comecei a testar coisas que eu vi em algum lugar e concluí que poderia copiar com o que tinha à minha disposição.

Minha primeira invenção foram os moldes pra
capinhas de celular - uma solução pra todo mundo que, como eu, adora coisas bonitinhas e personalizáveis, mas que não costuma usar aparelhos 'mainstream', por assim dizer.
Como usei um aparelho da Lenovo por muito tempo, eu em geral tinha que me contentar com capinhas transparentes. E a princípio deu bem certo: eu decorava as capinhas com adesivos temáticos, montava imagens bonitinhas mas... bom, os adesivos desgastavam, as capinhas ficavam amareladas e sujas e isso ia me incomodando.
Daí eu assisti a esse
unboxing do Samsung Galaxy S20+ com o BTS, e achei incrível a ideia de enviarem um plástico transparente do tamanho da capinha pra você decorar seu celular sem estragar nada. E aí eu fiquei observando e pensei: "nossa, acho que dá pra reproduzir isso com algum plástico mais durinho, tipo acetato...Hmmm."
Pensado e feito: comprei baratinho um pacote de acetado A4 na Kalunga e fiz eu mesma um monte de capinhas. Decorei elas com basicamente tudo: com papeis cortados em formas bonitinhas, adesivos, washi tape, o que tinha à mão! A ideia funciona mesmo: embora dê pra ver discretamente as bordinhas do acetato, porque eu não quis me aventurar muito com o estilete, a capinha não estraga com cola de adesivos e fica com uma carinha bem profissa. Fiz um montão de moldes diferentes e fiquei bem satisfeita com o resultado - além do fato de que dá pra reutilizar os adesivos colados em acetato, o que é um sucesso a mais pra mim.

Depois das capinhas personalizadas, fui caçando pela internet os usos pras washi tapes que eu comprei, e acabei explorando uma série de coisas. Fiz marcadores, essas tags de presente, decorei capas de caderno e agendas - literalmente um tico de tudo. Inclusive, eventualmente começou a virar um problema - eu tinha tantas ideias novas que só as washi tapes em cores natalinas não estavam mais dando conta do recado e, eventualmente, vejam bem...
Comecei uma coleção de Washi Tape

Nem vou me defender.
O fato é que eu só comecei a buscar por washi tape porque vi várias formas práticas de fazer cartões com elas, e eu só tinha duas fitas decorativas que iam acabar rapidinho se eu não comprasse mais. Nunca comprei washi tape porque nunca achei que eu fosse encontrar um uso pra elas, embora sempre visse na Daiso e namorasse um pouco - mas era um gasto desnecessário, no fim das contas.
Acontece que, buscando lugares pra comprar washis em tons e estampas natalinos, eu acabei achando várias lojas e revendedoras bacanésimas que montam vários kits com um precinho mais camarada. E aí eu eventualmente fui encontrando outros usos e comecei a encontrar motivos pra ter washi tape de cores lisas, com foil, com estampa, sem estampa, fina e grossa e, basicamente, eu tenho uma coleção com
85 washi tapes agora.
Nessa de buscar os melhores preços, acabei adquirindo uns excessos, porque muitas vezes valia mais a pena comprar um kit com 11 fitas de uma vendedora do que só aquela que eu queria em outra (do tipo, comprar um combo de 11 fitas x 2 que saíam quase o dobro do preço. Minhas escolhas foram óbvias).
Apesar de parecer um exagero, eu literalmente tenho usado as minhas washis em tudo - pra decorar meu planner, pra fazer cartões, adesivos, presentinhos, capas de caderno, o que vocês imaginarem. Algumas, inclusive, já estão acabando - mas eu sinto que tenho uma variedade bem bacana agora que dá conta de tudo o que eu possa inventar, então sem mais washis por enquanto.
Talvez eu mude de ideia na minha próxima visita à Daiso, tho. Nunca se sabe.
Aprendi a fazer cadernos

Como eu disse, eventualmente os artesanatos mais fáceis foram criando acúmulos novos e eu queria aprender coisas diferentes.
Num dado ponto, eu fiquei me perguntando se eu conseguia fazer uns caderninhos de bolso com um grampeador convencional. Fiz uns caderninhos minúsculos, que cabiam na palma da mão, e minha mãe e meu irmão adoraram os mimos - mas daí eu me lembrei que algumas pessoas faziam cadernos com linha e agulha, e pensei: rapaz,
como se faz um caderno costurado?
Pois como sempre, cacei na internet e descobri como, porque eu sou dessas.

Munida de uma agulha de máquina de costura velha, linha e agulha convencionais, fiz o meu primeiro caderno à mão! Depois aprendi várias formas e tamanhos - do A5 ao A6, com linha ou com grampos, sei que fiz caderninhos de tudo quando foi jeito. Os primeiros, claro, ficaram mais simples, mas com o tempo eu fui aperfeiçoando mais a coisa, comprei um agulhão pra facilitar o processo e eles foram ficando mais bonitinhos.

O hobbie acabou me dando
lucro, porque minha mãe ficou apaixonada pelos caderninhos e me encomendou alguns pra dar de presente. Além disso, não precisamos mais comprar caderninhos pra notas do trabalho ou carregar na bolsa - até porque, nessa aventura, encontrei uns moldes na internet e consegui fazer cadernos pautados, pontilhados ou quadriculados, e depois que descobri maneiras de colocar grampos nas lombadas sem precisar de um grampeador gigante, a coisa foi ficando relativamente mais prática. Cheguei a fazer cerca de 15 caderninhos num dia só, hahaha!

Por fim, minha última aventura foi aprender a fazer um
caderno de capa dura, tipo moleskine. Não pretendo repetir a experiência tão cedo, porque sou do tipo que quer começar e terminar uma coisa de uma vez, e acabei ficando foi com dor nas costas, HAHAHAHA! Mas o fato é que eu consegui fazer o bendito - um mais simples (que minha mãe já roubou pra fazer anotações do trabalho dela) e um mais completo, com elástico pra fechar e fita pra marcar as páginas. Ao que parece, a quarentena me ensinou a ser auto-suficiente - ao menos no que diz respeito à papelaria e decoração!
Voltei a estudar

Ainda buscando ocupar meu tempo de forma produtiva - e tentar enriquecer um tico meu currículo no processo -, acabei me inscrevendo em alguns congressos online. Foi bacana porque me atualizei com uma série de coisas, mas me fez perceber que eu
sinto falta de estudar. Não só de ler e aprender coisas pra um caso clínico ou projeto específico, mas de ser orientada sobre algo novo e aprender com isso, sabem?
Ademais, nessa de comprar várias canetas e marcadores bonitinhos e aprender a fazer/decorar cadernos, eu comecei a sentir falta de usar isso tudo no dia-a-dia. Eu sempre gostei de fazer anotações organizadas e, pra isso, sempre usei canetas coloridas, marcadores e post-its decorados. Em minhas andanças pelo mundo cybernético, lembrei de uma plataforma que tinham me indicado na época da faculdade, que oferecia cursos gratuitos pra área da saúde - na época o pessoal usava pra preencher as horas que faltavam pra se formarem, e como eu já tinha estourado todas as minhas (um viva aos grupos de estudos e iniciações científicas!), acabei não dando bola. Daí resolvi checar e não é que a plataforma está lá, firme e forte?
Com isso,
voltei a estudar e, de quebra, descolei um diploma de capacitação. Foquei em temas que me interessam ou que me são úteis no meu trabalho, e agora sou devidamente capacitada em prevenção ao suicídio e estou no caminho pra me capacitar em saúde de mulheres em situação de violência, duas das questões que eu atendo com mais frequência.
Foi bacana estudar algo puramente por interesse, e ainda descolar certificados de boas instituições no processo. Adorei voltar a fazer meus resumos, preenchi mais a minha rotina com coisas que me faziam sentir-me produtiva e de quebra me atualizei um pouco enquanto profissional.
Everybody wins!
Voltei a jogar video-game

Mais um hobbie perdido no tempo que a internet me ajudou a recuperar!
Eu sempre amei os jogos do SNES, e por muitos anos eu joguei diretamente pelo console (que tenho até hoje, mas que pereceu com o tempo, coitado) e com alguns CDs de Playstation que serviam como um backup dos jogos da minha infância. Quando entrei na faculdade, no entanto, meu irmão trocou os consoles por um XBOX, e todos os jogos eram de tiros, tiros e tiros - o tipo de game que eu não tenho saco de aprender, tampouco gosto de jogar. E aí eu basicamente não joguei mais video-game por um bom tempo.
Aí meu irmão comentou que haviam emuladores pra praticamente todos os consoles na internet, e eu pensei:
ah, por que não, né?
Instalei o Snes9x e daí pra frente, foi só alegria! Eu finalmente pude retomar meu objetivo de infância de terminar
Donkey Kong Country 3, além de poder jogar vários games da minha infância, como
Super Mario Bros e
Bomberman! Aproveitei também pra testar jogos que sempre ouvi falar e nunca joguei, como
Legend of Zelda, e a testar minha sorte com clássicos que nunca consegui passar da segunda fase quando criança, como
Aladdin e
The Lion King. Até comprei um controle USB pra não ficar alugando o de XBOX do meu irmão (que além de não ser meu, usa pilhas, e zero saco pra ficar recarregando o bendito). Minha quarentena tem sido bem mais prazerosa desde então!
Testei receitinhas da internet

Depois de todas essa atividades, eu claramente tinha que repor minha energias com alguma gostosura, né non?
Conforme a quarentena foi se estendendo, contudo, eu fui ficando com preguiça de receitas mais elaboradas, que exigiam muito tempo de pé na frente do fogão. Então comecei a me aventurar em receitas mais fáceis - inclusas aquelas suspeitas que a gente vê pela internet, como o bolo à base de oreos.
Aparentemente um viral do Tik Tok (do qual eu quero distância depois da overdose de anúncios da qual sofri), rezava a lenda de que se você amassasse alguns biscoitos, misturasse com um tico de leite e levasse ao microondas, a maçaroca virava bolo. Duvidei, pus à prova e me surpreendi: não é que dá certo mesmo??? Testei até com outros tipos de biscoito, e atualmente tenho comido pequenos bolinhos à base de biscoitos naturebas possivelmente superior ao que é saudável pra uma mulher adulta, mas quem liga né non?!

A outra receitinha que resolvi testar foi sunomono, uma entrada comum em restaurantes japoneses. Não ficou exatamente como eu gostaria, mas ficou uma delícia e fiquei semanas comendo minha conserva. Acabei voltando a acrescentar gergelim tostado na minha dieta e incluindo o vinagre de arroz - que dizem aí que tem vários benefícios, mas eu gosto é do saborzinho mesmo, risos.
E ganhei coisas!

Por fim, nesses tempos de quarentena acabei ganhando presentes lindíssimos, que me deixaram super feliz! O primeiro foi um
sorteio de adesivos da Cherriuki, uma artista que eu acompanho desde os primórdios da internet, dona de uma arte lindíssima e delicada. Tenho visto as produções dela evoluindo cada vez mais belas ao longo dos anos, e quando vi um sorteio na página dela no instagram, participei mais por costume do que achando que eu ia ganhar alguma coisa.
Pois acabei surpreendida com o meu nome entre os sorteados, e meus lindos adesivos chegaram da Austrália depois de umas três semanas de espera ♥ São a coisa mais linda, todos brilhantes e metalizados, e agora estou aqui dividida entre usar todos e guardar pra sempre. O mais surpreendente foi receber esse mimo de uma artista que eu sigo há pelo menos uns 10 anos, com a qual eu nunca interagi mas sempre admirei. Façam o favor de
seguir essa deusa no instagram!

Além dos mimos físicos, descolei também duas plaquinhas lindas no aniversário do
Dama de Ferro, blog da dona Lives - que está cada vez mais talentosa em seus designs, uma salva de palmas pra essa mulher!

Fiquei toda boba com as plaquinhas, porque não é sempre que eu descolo uns prêmios bonitinhos assim. Saudades da época áurea da blogosfera, onde meu bloguinho estava inscrito em 9746273618681 projetos diferentes e eu descolava plaquinha brilhosas toda semana! ;w;

Por fim, foi basicamente isso que andou rolando. Ainda quero falar com mais detalhes do meu processo de fazer cadernos (acompanhem os próximos capítulos para saberem detalhes, huhuhu!) e do fato de que eu acabei fazendo o meu planner 2020 todinho eu mesma - afinal, já que eu tenho uma coleção gigantesca de washi e papel, precisava produzir algo útil com isso, né non? Hahahaha!
Por hoje eu encerro por aqui, afinal, esse post já está quilométrico. Fazia tempo que eu não escrevia tanto numa atualização só, palmas pra mim! uwu/ Um beijinho pra quem leu até aqui, um feliz aniversário atrasado pro Jungkook do BTS e até a próxima, queridos leitores!
Marcadores: aleatoriedades, compras, dia-a-dia, eu, fotos