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Together | Um lindo desastre

Setembro não está sendo gentil comigo, e é com uma certa tristezinha que eu percebi que praticamente não postei no blog. Apesar disso, algumas coisas têm me inspirado - e eu só não tenho criado mais com essa inspiração porque eu estou exausta, mesmo.
Uma coisa que eu tenho conseguido fazer nesses últimos tempos é ouvir mais música, e eu me inspirei tanto com algumas que acabei propondo uma blogagem musical no Together em Setembro - e o tema que eu escolhi foi totalmente inspirado pelo novo solo do Key, do Shinee, que me fez pensar em como às vezes a gente precisa admitir que tem sentimentos ruins e não tão bonitos assim. Sem mais delongas, hoje eu trago uma playlist temática, pensada como uma trilha sonora de filme. Vamos lá!
Um romance com problemas de gente grande
Quando pensei em um romance com "problemas de gente grande", a princípio pensei nessas tramas que discutem temas mais sérios e filosóficos - mas depois pensei que um romance de gente grande envolve também lidar com os sentimentos de uma forma mais madura, com conflitos menos preto no branco e com bordas mais turvas, e aí me veio em mente um relacionamento que não terminasse necessariamente com um final feliz, mas no qual os protagonistas amadurecessem de alguma maneira. Foi com essa vibe que eu acabei criando essa playlist um poudo deprimida, mas que termina com algum aprendizado, eu acho, hahaha! Sigam-me os bons~
1.Créditos Iniciais

A primeira música, "Beautiful Disaster", já dá o tom do filme: esse romance vai ser um belo desastre. Como qualquer pessoa comum, nossos protagonistam têm os seus traumas e defeitos, e nossa heroína começa sua história se perguntando se ela quer continuar nessa relação e se no final o amor vai salvar a todos, ou se na verdade ela vai acabar com um final infeliz.


Oh, e eu não sei, não sei o que ele busca
Mas ele é tão lindo, um lindo desastre
E se eu pudesse aguentar
Pelas lágrimas e pelos risos
Seria isso lindo
Ou apenas um lindo desastre?
2.O conflito

"Sex" ilustra o conflito do nosso casal comum: um relacionamento meio casual, meio sério, com as bordas todas borradas e onde ninguém discute o que sente com clareza. A relação acaba se tornando tóxica, porque ambos acabam criando expectativas e demandas que não foram previamente combinadas, ambos se frustram e acabam se fazendo mal mutuamente em função disso.


Porque você disse que isso não significa nada
E eu deveria ter mantido meu silêncio
Mas acho que sou muito apegado ao meu próprio orgulho para te dizer
Que todas essas palavras não signifcam nada
E eu sempre fui assim, sem-coração
E nós só estávamos transando, eu nunca chamaria isso de amor
Mas amor
Oh não, acho que eu estou me apegando
E eu não sei se o que sinto é empatia Espere aí
Lembra quando você disse que essa era a última vez?
3.The plot thickens

Quase como uma resposta à música anterior, "Bad Habits" ilustra como ambos acabam criando uma relação de dependência - e vão percebendo isso com o tempo, mas não conseguem se conter ou se manterem afastados. O enredo fica mais pesado, e o espectador começa a entender que essa relação vai, de fato, acabar em um grande desastre.


Toda vez que você aparece, você sabe que eu não consigo dizer não
Toda vez que o sol se põe, eu deixo você tomar o controle
Eu consigo sentir o paraíso antes do meu mundo implodir
E essa noite tinha algo maravilhoso
Meus maus hábitos me guiam para madrugadas sozinha
Conversas com um estranho que eu mal conheço
Jurando que essa será a última vez, mas provavelmente não será
Eu não tenho mais nada a perder, para usar ou fazer
4.Uma revelação inesperada

Enquanto a nossa heroína tenta acreditar que "com amor tudo se resolve", nosso herói começa a se desapaixonar lentamente - o relacionamento não faz bem a nenhum dos dois, e eles não conseguem estabelecer um diálogo para resolver o problema; ela tem medo de perdê-lo mesmo que não se sinta amada, e ele quer evitar o conflito. Eventualmente, nossa protagonista se dá conta de seu companheiro está se afastando aos poucos, e resolve enfim confrontá-lo a respeito: afinal, eles vão ficar juntos nessa, ou cada um vai seguir o seu caminho? Ao som de "LMLY (Leave Me Loving You)", ela começa a perceber que os dois não estão na mesma página.


E se eu segurar firme por um tempo?
Baby, não há droga como a negação
Se isso for adeus, não me deixe te amando
O que quer que você faça, não me deixe te amando
Se você vai sair na ponta dos pés de manhã, eu preciso de um aviso
Se você não sente isso também, o que quer que você faça
Não me deixe te amando
Se você vai cair fora quando eu estou nessa por inteiro
Eu preciso de um aviso; não me deixe amando você
5.O término

Eles discutem - ambos falam coisas que não querem, fazem o outro de vilão e sem resolver nenhum conflito, decidem seguir cada um seu caminho. Horas depois, ainda sem resolver a situação, decidem passar uma última noite juntos - ao som de "No Goodbyes", eles se permitem um pouco de afeto. Pela manhã, ele vai embora sem se despedir.


Sim, eu te machuquei, e você me machucou
Sim, nós fizemos algumas coisas que nunca poderemos desfazer
E nós tentamos consertar isso
Mas nós o quebramos ainda mais, então eu acho que algumas coisas não são feitas para durar
Será que é pedir muito?
Essa noite, vamos amor como se não houvesse adeus
Só por essa noite, vamos fingir que está tudo bem
Por que nós não nos abraçamos, nos usamos, sussurramos mentiras bonitas?
Só por essa noite, vamos amor como se não houvesse adeus
6. O fundo do poço

O tempo passa. Sem nada resolvido, nossa heroína segue remoendo o término e tudo o que não foi dito, e não consegue seguir em frente. Por meio de redes sociais e amigos em comum, ela percebe que nosso herói tem tentado levar a vida - e depois de passar pela negação e pelo isolamento, vem a fase da raiva. Depois de tudo o que ela fez por ele e por tudo o que passaram juntos, como ele pode seguir em frente sem se abalar? E por que ela não pode simplesmente deixar pra lá e seguir com a vida? Ilustrada por "Hate That...", chegamos ao ponto mais baixo do enredo: o fundo do poço, o momento em que nossa protagonista precisa enfrentar os sentimentos ruins e sua pior versão - mesquinha e egoísta, desejando que o antigo parceiro sofra tanto quanto ela.


E eu odeio que odeio que você está feliz sem mim
E eu rezo e rezo para que você esteja sofrendo tanto quanto eu
Eu sinto a separação, desabando sozinha
E eu odeio que odeio que você está feliz sem mim
E eu rezo e rezo para que você se arrependa mais do que eu
Se você me amou
Eu só odeio que você esteja feliz
7. Enfrentando os próprios fantasmas

Depois de uma péssima fase, nossa heroína eventualmente resolve aceitar a ajuda de quem está perto - dos amigos, familiares, talvez até faça terapia. Agora mais calma e mais distante da situação, ela passa a refletir sobre o relacionamento que os dois dividiram, e não sem muita tristeza percebe uma série de problemas - a falta de comunicação, as expectativas, as demandas - e entende que o amor nem sempre é suficiente para manter um relacionamento saudável. Percebendo isso, ela enfim aceita que não era pra ser, e com uma cena bem emotiva ao som de "It's Only Love" consegue enfim se despedir da relação que teimou tanto em deixar para trás.


Eu costumava pensar que sabia o que precisávamos
Só assumi que estaríamos sempre bem
Agora eu não acho que perdemos o sentimento
Mas sim que deixamos tudo acumular por dentro
É só amor - Mas o amor deveria nos fazer fortes
É só amor - Mas o amor está doendo há tanto tempo
8. O Clímax da história

O clímax da nossa estória é o momento de amadurecimento da nossa protagonista: com "Starts With Goodbye" ao fundo, pra uma vibe de superação bem hollywoodiana, nossa protagonista começa a enfim seguir com a vida. Ela entende que algumas coisas, por mais amadas que sejam, precisam ir embora e nós precisamos seguir vivendo sem elas. Em uma montagem bem clichê, vemos nossa heroína enfim aceitando que o passado está no passado, vivendo um dia de cada vez e começando a trilhar novos caminhos em sua vida.


Eu acho que vai ter que machucar
Eu acho que eu vou ter que chorar
E deixar para trás algumas das coisas que amei
Para chegar ao outro lado
Eu acho que isso vai me derrubar
Como cair quando você tentar voar
É triste, mas às vezes
Seguir em frente com a sua vida começa com 'Adeus'
9. Aprendendo com os erros

O tempo passa. Os dois acabam se esbarrando em algum encontro entre amigos, e ele se aproxima perguntando se poderiam conversar em outro momento. Ela aceita, e eles se encontram em um dia aleatório, que não significa nada, tomam um café e enfim colocam todos os pingos nos i's - comunicação é a chave, e essa é a moral da história. Os dois percebem como erraram e foram imaturos enquanto estiveram juntos, e que apesar de tudo ainda se importam um com o outro. Ele pede desculpas por não ter enfrentado melhor a situação, e ela aproveita o momento pra buscar o encerramento que precisava para seguir em frente sem olhar para trás. Ambos percebem que a conversa era o que estava faltando, e conseguem se perdoar pelos erros.
Ao som de "The Butterfly Effect", nossos protagonistas conseguem entender como o passado os trouxe até aqui e os ajudou a se tornarem versões melhores de si mesmos.


Embora eu desejasse que você nunca tivesse partido meu coração
Eu não quero um novo começo
Eu não sou eu sem minhas cicatrizes
Embora eu desejasse que nós nunca tivéssemos nos afastado
Isso nos fez quem somos
E ao menos deixamos uma marca
10. Créditos Finais

O enredo avança alguns meses, como todo bom clichê romântico, e vemos nossos protagonistas vivendo a vida sem pesar. Ambos passaram por muita coisa juntos e conseguem manter uma relação amigável. Embora o relacionamento entre eles tenha terminado num belo desastre, ambos puderam aprender a importância da comunicação e respeito mútuo, a enfrentar os conflitos e os fantasmas e a lidar com a vida de maneira mais madura e responsável. Ao som de "Cool", nós aprendemos que às vezes vivemos momentos ruins, mas que nada é por acaso e que o sol sempre aparece depois da tempestade.


É difícil lembrar de como eu me senti antes
Agora eu encontrei o amor da minha vida!
Passa, as coisas ficam mais confortáveis
Tudo está indo bem
E depois de todos os obstáculos
É bom te ver agora, com outra pessoa
E é um milagre que eu e você ainda sejamos bons amigos
Depois de tudo o que passamos
Eu sei que estamos bem



Essa blogagem acabou sendo muito mais difícil do que eu esperava. Achei que por ter escolhido imaginar a playlist de um romance mais maduro eu conseguiria reunir um tanto de cenas e músicas clichês bem rapidinho, mas... É, eu me enganei HAHAHAHA!
Não sei se eu consegui criar um bom roteiro, mas acho que ao menos consegui criar uma boa playlist - o que vocês acham? Desenterrei algumas músicas e troquei os temas e canções um monte de vezes, mas depois de uma semana inteira tentando, o post saiu! Quem acredita sempre alcança, já diria Renato Russo!
Espero que tenham conseguido imaginar algum filme bad vibes com um pano de fundo romântico, que em geral todo mundo fica fulo ao assistir porque o casal não fica junto no final, mas alguns conseguem captar a mensagem de que nem tudo na vida é um mar de rosas, e está tudo bem. E que fique a moral da história: comunicação é a chave, crianças! Eu vou ficando por aqui. Beijinhos a todes e até a próxima!
Esse post faz parte da blogagem coletiva de Setembro do Together - um projeto para unir a blogosfera! -, cujo tema era "Playlist Temática".

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Written by Shana | 26 de setembro de 2021 | 2 Comentários | link to this post



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