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Dias melhores, dias piores


Julho foi um mês caótico. Na última semana de Julho minha mãe começou com sintomas respiratórios, e no dia 4 recebi meu teste positivo para covid-19 - na pior semana possível, com um milhão de coisas agendadas para acontecer. Ao final da semana piorei misteriosamente, e na segunda-feira seguinte fui ao pronto socorro para descobrir que eram sequelas de covid. Vulgo: não consigo andar 5 minutos sem ficar com falta de ar e dores no peito, e isso é meu "novo normal".
Me estressei infinitamente no trabalho e fiquei mais desgostosa com ele a cada dia, e ultimamente estou me questionando muito sobre o quanto minha estabilidade financeira tem valido a pena. Apesar disso, segui uma das minhas metas esquecidas em 2021 e venho tentado cuidar da minha saúde - tirar algum proveito de tudo o que eu invisto de energia, tempo e vida no trabalho, e colocando meu convênio médico em uso.
O que me leva a nova descoberta do mês: tenho síndrome dos ovários policísticos. Ainda tenho alguns exames para fazer, pois minha nova ginecologista quer ter mais informações para decidir o plano de tratamento ideal para o meu caso. Acho que não me sinto tão aliviada em anos - de descobrir que vários problemas, dificuldades e mesmo desequilíbrios emocionais têm uma causa, e que ela é tratável. Descobri mais sobre mim em 1h do que em anos de reflexão, e é em momentos como esse que percebemos como um diagnóstico bem feito faz a diferença na nossa vida.
Na mesma semana em que tive essa descoberta, faleceu minha avó materna. A avó que me expulsou de casa e com quem minha mãe nunca teve uma relação tão boa. Não nos abalamos muito, sendo sincera, o que nos colocou na posição de apoiar todo o resto da família. Meus tios e primos sofreram bastante, e foi difícil ver homens feitos que nunca se abalaram com nada chorando como meninos no colo da minha mãe, mas nós sabemos bem como é perder alguém - totalmente compreensível. Agora é torcer para que o tempo cure as feridas e que as pessoas optem por se unir mais, em vez de brigar pelos bens que minha avó deixou em terra.

Pra não terminar em uma nota ruim, estou relvativamente empolgada com meu auto-cuidado. Descolori algumas mechas do cabelo (na verdade, fiz luzes) e estou debatendo quanto tempo consigo manter meu cosplay de 'loira odonto' antes de jogar tinta marsala nas madeixas. Também já tenho neurologista marcado para quem sabe, enfim, aprender a lidar com minha insônia e estou com a missão de me consultar com uma nutricionista - pensando no tratamento e acompanhamento da recém-descoberta SOP, mas também na minha qualidade de vida. Os últimos meses foram extremamente cansativos, mas eu quero tentar equilibrar melhor minha vida pessoal, fazer algo por mim de vez em quando, e se tudo der certo talvez consiga retomar a terapia no próximo ano. Espero que venham coisas boas por aí - porque as ruins já vieram em avalanche, e acho que agora a vida me deve um pouco de positividade.
É isso, esse é o post.



Arte original por meyoco

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Written by Shana | 5 de agosto de 2022 | 6 Comentários | link to this post



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