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Tempos excepcionalmente difíceis, galera

Fevereiro acabou comigo. Pra terem noção, eu tentei escrever esse post umas duas ou três vezes, e em todas eu desisti, porque estava cansada demais pra conseguir traduzir os pensamentos em palavras com o mínimo de sentido. Fevereiro foi uma montanha russa - é sempre o meu mês favorito, mas embora tenha começado bem, como toda montanha russa eu desci quase em queda livre depois de alcançar o pico. Cheguei, inclusive, a discutir uma angústia tão dilacerante na terapia pré-carnaval, que minha psicóloga foi me enviando mensagens pra saber como eu estava ao longo do feriado - que bom que, pelo menos, tem terapia né? Sou bem grata por esse privilégio.
Mas vamos em ordem cronológica, ou, da ascenção à queda, se assim preferirem~

Logo depois do meu aniversário, fui com meus amigos comemorar no Bodogami. Foi bem legal, embora não tenhamos jogado muitas coisas, mas a comidinha era bem gostosa e o acervo deles é imenso. Achei quente, porque fomos no ápice do calor e só tinha 1 ar condicionado no estabelecimento, que mesmo ligado não aliviou tanto assim. Acho que gastei um valor ok, embora tive desconto no voucher para jogos, mas já tinha me preparado pra gastar bastante e fui pedindo bebidas e comidinhas sem ligar tanto pra minha comanda. É super necessário fazer reserva - nós demos sorte porque chegamos relativamente cedo e em poucas pessoas (07), mas o lugar é cheio e acompanhamos várias filas rolando enquanto estávamos lá dentro. Pagamos R$ 35,00 por pessoa pra ter acesso ao acervo de jogos, e os funcionários podem dar sugestões e explicar os jogos, se a mesa solicitar. O cardápio é super variado e o restaurante tem um esquema online pra você pedir o que quiser do celular, ou seja: basta fazer o pedido na comanda da mesa, que eles te trazem, sem necessidada de interromper uma partida ou mesmo esperar um atendente estar livre pra você. No site do Bodogami, tem o cardápio disponível, o acervo de jogos e todas as informações que você pode precisar. Foi um rolê super divertido e ficamos cerca de 4h por lá, recomendo super!


Mas como diz o ditado pular, daí pra frente só pra trás. Na semana seguinte peguei covid, perdi alguns dias de trabalho por causa do isolamento obrigatório e, embora tive poucos sintomas (dor de cabeça bem forte, garganta arranhando, nariz entupido e dor no corpo, nem febre me afligiu) e por poucos dias (3, mais especificamente), o pós foi bem, bem complexo - estou com um cansaço nos meus ossos que aparentemente é sequela da infecção, e isso tem me deixado muito indisposta pra viver a minha rotina, que num geral é bem atribulada.
Além disso, por causa dos atestados, consultas, indisposição, minha agenda de trabalho ficou um completo caos, e eu fiquei com tantas pendências que me senti uma pessoa completamente incompetente, o que somado a vários dias de sobrecarga sensorial acabou acarretando em uma crise emocional bem forte, que depois percebi também estar relacionada com a TPM (cujos sintomas passaram completamente despercebidos por mim nesse mês, vide o caos que eu estava vivendo). Hoje mesmo eu dormi quase 12h seguidas, pra vocês perceberem o nível de exaustão no qual eu estava.
Além de tudo isso que já falei, comecei a tomar venlafaxina, que é tradicionalmente uma medicação para ansiedade, mas no meu caso é para tratamento e prevenção de crises de enxaqueca (e se eu ficar menos estressada com ele, sinceramente? É lucro demais). O que isso tem de relevante? Alguns dos efeitos colaterais envolvem transtornos no sono, como sonolência excessiva e insônia. E qual vocês acham que eu tive? Risos.
Fiquei obviamente sem dormir nada mesmo com a medicação que eu estou habituada a usar, porque minha vida me desafia todos os dias. Apesar disso, conforme fala na bula, foram só cerca de 15 dias - mas o suficiente pra me deixar ainda mais esgotada. Então eu vivi um uma turbulência da segunda semana de fevereiro pra frente: sem dormir, sobrecarregada, doente, me recuperando, e na última semana ainda tive uma rinite alérgica, algo que eu nunca tinha acontecido comigo (mesmo meu nariz sendo super sensível ao tempo seco); deixo aqui minha sincera admiração a todas as pessoas que sofrem com esse mal, porque meu nariz ainda está coçando mesmo tomando antialérgico e tudo, que morte horrível sinceramente. Então é, eu não consegui fazer muita coisa produtiva com minha vida nos últimos tempos, porque foram tempos excepcionalmente difíceis.
Depois desse caos, decidi passar o carnaval em casa, completamente focada em descansar. Li uma light novel inteira, o que me deixou bem satisfeita, mas depois me deu dor de cabeça tensional (porque li no celular por horas a fio em uma posição nada saudável), assisti anime e descansei bastante. Na quarta-feira de cinzas, saí com minha mãe pra comprar tecidos, porque ela vai fazer algumas roupas pra mim, e acabamos encontrando coisas que estavam nas nossas listas de desejos, que acabamos já comprando também. Eu tinha intenção de passar em um sebo pra trocar livros, mas no fim acabou não dando muito certo. Senti um leve descontentamento em não estar sendo uma pessoa produtiva e sociável e curtindo meu feriado prolongado de alguma forma mainstream, mas no final fiquei hipersatisfeita com meu merecido descanso e por ter investido nos meus hobbies. Ainda tive tempo de organizar um pouco minha mesa, e fiz algumas colagens no meu junk journal (sobre o qual nunca falei aqui, será que eu deveria?).
Já no início do mês, logo após o feriado prolongado, organizei com uma colega do instituto uma visita à exposição "Anne Frank: Deixem-nos ser", que está rolando no Unibes Cultural - a ideia era fazer algo em comemoração ao Dia Internacional da Mulher junto com as alunas, e embora poucas tenham participado, foi um rolê bem incrível. A exposição é imersiva, e eu de fato me senti vendo os dias de Anne no anexo secreto enquanto andávamos pelo espaço. Além disso, as alunas que foram curtiram bastante, e no final fizemos uma roda de bate-papo para que compartilhassem suas impressões, que foram também muito interessantes de ouvir. Fiquei bem orgulhosa de ter feito um rolê que deu certo, porque num geral não costumo me envolver com os eventos no trabalho, mas acabou sendo um rolê que curti muito organizar e estar presente.
Depois disso, tive alguma dificuldade em conseguir reorganizar minha agenda, mas assim que toda essa crise se amenizou, consegui enfim recuperar as energias pra ser uma humana funcional novamente. Acabou sendo um período de muitas emoções, altos e baixos, e meu cansaço foi muito real e palpável, mental e fisicamente. Nesse período eu decidi que precisava reunir as energias e falar sobre isso em algum momento - vide o post monstro que acabei de fazer -, porque acho que a escrita sempre me ajudou a digerir meus dias, motivo pelo qual quero tentar manter esse hábito. Mas enfim, no mais é isso - tempos difíceis, mas com algumas coisas boas aqui e ali, pra eu me lembrar nos momentos de crise e conseguir seguir em frente todos os dias. Só espero que 2025 me dê uma fucking trégua nos próximos meses porque, olha, sinceramente viu? Já usei todas as minhas baterias e ainda estamos no primeiro trimestre do ano, que inferno.
E é nesse tom de pequenas vitórias e "vou descer a lenha em quem me derrubar" que eu encerro esse post. Beijinhos e até a próxima! :*

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Written by Shana | 15 de março de 2025 | 5 Comentários | link to this post



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